Às 7:30hrs, estávamos saindo em direção ao Iate Clube! ...fomos direto ao Tita que estava no trapiche, carregamos nossas bagagens e mantimentos, troquei as arruelas do retorno do motor e o liguei para esquentar e dar uma carga nas baterias e.......surpresa!!! O motor estava com um vazamento de diesel gigante, e por um segundo senti-me derrotado, pois havia trabalhado por duas semanas para este dia e via mais uma vez a volta a ilha indo para o espaço!
Tita navegando em frente ao costão das aranhas |
-tira esse parafuso daí meu!...vamos, la no estreito atras de um torneiro pra fazer um novo deste aí!!!
- ta bem gringo, não vamos desistir assim tão facil não é!?
Fomos direto a oficina da volvo penta no estreito, entramos na loja e veio a triste notícia de que não havia a tal peça no estoque, "tenho pra mim, que eles nem se quer tem estoque, nunca tem nada a pronta entrega!" aí perguntei se eles tinham tornearia, o atendente que tinha jeito de dono, foi a oficina falar com o torneiro e nós fomos atras!
O torneiro e chefe da oficina era um senhorzinho muito gente boa e cheio de boa vontade!...atendia por sr. Julio e era super organizado! prontamente nos disse que era só pegar uma matriz daquela igual a minha, furar e fazer a rosca certa, enquento o "atendono" tentava dificultar as coisas!
tita em frente a praia mole. |
Mas o sr. Julio não se deu por vencido, e depois de uma meia hora deixou a peça pronta e ainda nos presenteou com as arruelas de vedação que encontrou na sua caixinha de peças sobressalentes. Com a peça pronta fomos ao escritório falar com o alemão "atendono" e o parafuso de apenas 2 cm nos custou incríveis R$:70,00 reais. Ouvi o gringo sussurrar "alemão nazista!"
Voltamos ao clube por volta das 10 horas, o Andre ja havia passado as pontes e estava na nossa frente.
Ilha do mata-fome e praia dos ingleses ao fundo! |
Colocamos a peça no lugar com todo o cuidado possivel, ligamos o motor e ... surpresa de novo, descobrimos outro vazamento, agora um pouco menor!
O abençoado parafuso do sangrador acima do filtro, estava com a rosca espanada, mas esse eu resolvi vedando com silicone de alta temperatura que eu tinha a bordo!
Passado os perrengues, fomos a cafeteria do clube, pois essa correria tinha dado fome!
Tiramos o barco da vaga, encostamos no trapiche oposto, abastecemos 10lts de diesel e enchemos os tanques de agua.
trocando a isca artificial, para pescar um espada. |
Exatamente as 10:30h saímos do clube em direção ao Ribeirão da Ilha, e ja poddíamos ver o Andre ao longe á nossa proa. Fazia um dia lindo e o vento escassou de vez enquanto tentávamos colocar o balão.
Ligamos o motor, para carregar as baterias e alcancar-mos o Andre. hora então de tomar um banho!
Joguei um cabo na agua, amarrei ele no cunho da popa e pulamos na agua que estava uma delícia!
ilha do badejo a bombordo e costão do santinho a boreste. |
Banho tomado encostamos no barco do nosso amigo italiano e após breve conversa, decidimos continuar no motor para ganhar mais algumas milhas antes da entrada do vento sul que estava previsto!...mas pouco adiantou e ele 15min depois ja estava pelo menos com uns 15 nós e bem na cara!
E como estávamos ali para velejar, prontamente decidimos içar as velas, e o astral a bordo melhorou ainda mais.
visão do iate clube veleiros da ilha ao fundo. |
Após 2hrs de velejada nós ja tinhamos deixado o Andre há umas 5 milhas a nossa popa, quando recebemos sua ligação dizendo que como estava sozinho e seu barco é lento nas manobras ele iria parar em lugar abrigado e esperar o vento sul ficar mais fraco para continuar!
Como ja havíamos passado a caiacanga, onde ele iriaa se abrigar do vento, decidimos continuar rumo ao canal sul da ilha de florianópolis.
As 16hrs após passar-mos pelo estreito canal entre bancos de areia com vento contra, estavamos saindo a barra sul em direção as ilhas das irmãs numa bela velejada!
espada de 1,50m que pescamos em frente a praia da Armação. |
As 18:30hrs, chegamos a ilha do Campeche, onde estavam 8 barcos pesqueiros numa frenética movimentação com redes e botes menores.
o costado de boreste do tita. |
Apoitamos em frente a praia da Ilha do campeche, ao lado de um barco de pesca menor de madeira chamado Lagomar. Nosso amigo Daniel nos ligou, ja era noite me pedindo para acender uma luz no veleiro para que ele nos visse, pois estava jantando com a família num restaurante em frente a ilha do campeche.
Após jantar-mos nosso peixe espada com um macarrão e legumes, dormimos e de hora em hora eu levantava e conferia nossa posição, numa dessas conferidas vi que nosso barco havia arrastado uns 100mts, mas como nossa popa estava apontada para mar aberto não tivemos maiores problemas.